quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O guia de patrulha


“Quero que vós Guias de patrulha/equipa, instruais as vossas patrulhas/equipas inteiramente por vossa iniciativa, porque vos é possivel conquistar cada um dos rapazes da Equipa e fazer dele um Homem Bom. De nada serve terdes um ou dois rapazes excelentes, se o resto não prestar para nada. Deveis procurar torná-los a todos razoávelmente bons. O meio mais eficaz para o conseguir é o vosso próprio exemplo, porque o que vós mesmos fizerdes, os vossos Escuteiros farão também. Mostrai-lhes que sabeis cumprir ordens, quer vos sejam dadas verbalmente, quer sejam impressas ou escritas, e que as executais, quer o vosso Chefe esteja presente ou não. Mostrai-lhes que podeis alcançar insignias de competência, e os vossos rapazes irão atrás sem precisardes de os convencer. Mas lembrai-vos de que os haveis de guiar e não empurrar”. - Baden-Powell

Motivar equipas pressupõe liderar com eficácia e eficiência no sentido de as conduzir numa determinada direcção ou rumo e alcançar determinados objectivos previamente acordados e específicos. Trata-se pois de um processo de influência social, mobilizador e enérgico.
Um bom líder conhece profundamente as pessoas com quem trabalha, as suas motivações e aspirações. Reconhece também que uma equipa passa por diversas fases de evolução até atingir a sua maturidade e o seu pico de produtividade. Sabe também como intervir nessas fases, actuando como mecanismo regulador e catalisador dos processos comunicacionais. Adapta-se ás circunstâncias do meio, da tarefa e do grupo e sabe exercer o estilo de liderança adequada à situação.

Sim, és tu, Guia... tu, a quem o teu Chefe acaba de colocar uma segunda fita verde no bolso da camisa,... és tu, quem deve, precisamente, por causa dessa nova insígnia, chegar a ser o melhor Escuta da Patrulha, o condutor, o Guia, o herói, a bandeira viva dos teus Escuteiros.
Dar exemplo! melhor ainda: ser um exemplo vivo. Porque pela expressão “dar exemplo” pode pensar-se que é apenas quando há outros que vêem; ao passo que por estoutra “ser um exemplo” se supõe que, por toda a parte e sempre, tu és o melhor dos Escuteiros da tua Patrulha. Mas para seres esse exemplo vivo do Ideal Escutista é necessário que sejas um valor em todos os campos sem excepção; só assim se realizará o equilíbrio do homem completo e do cristão perfeito.

Dedica-te a criar na Patrulha um espírito de intimidade e de confiança mútua, de tal maneira que todos os teus Escutas saibam que em qualquer momento estás pronto a ajudá-los.
Não se pode ser bom treinador se não se toma parte no treino; é absolutamente necessário a gente arriscar-se depois de se ter pensado bem. Não permitas nunca, nem em ti nem nos teus Escutas, a inacção; evita o aborrecimento nas actividades de Patrulha, procura criar de cada vez qualquer coisa de novo;... nunca pares, segue sempre em frente. Mas não basta ao Guia de Patrulha conservar o bom humor entre os seus companheiros, fazê-los rir, diverti-los, contentar-se com empregar-se a fundo só quando o Chefe de Grupo organiza um Grande Jogo de Grupo.

Treinador, irmão mais velho, bandeira,... tudo isto; entrega-te de alma e coração à tua verdadeira missão: formar Escutas, modelar homens.
“O teu escudeiro”... ter-se-ia intitulado este capítulo se tivesse sido escrito na época da Cavalaria. O teu escudeiro, isto é, aquele que escolheste como companheiro para cavalgar, aquele que deve compartilhar contigo a direcção e a formação dos teus homens de armas, aquele a quem destinas para te substituir mais tarde na tua missão de cavaleiro e a quem preparas já para a sua investidura. A teu lado é preciso, pois, que o Sub-Guia exerça a missão de amigo, conselheiro, ajudante, substituto e futuro Guia da Patrulha.

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