quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Imaginario, mistica e simbologia


O explorador partirá em busca da terra a prometida, irá ser o novo explorador das maravilhas de Deus, reconhecendo a Aliança que Ele lhe propõe, pondo-se a caminho pelo deserto tal como o Povo do Antigo Testamento, com a protecção de S. Tiago.


Mística

O Explorador é um homem bom que aprendeu enquanto jovem a conhecer e a amar a natureza, a ser auto-disciplinado e auto-suficiente, a adaptar-se ao meio ambiente em que vive, e a respeitar e a viver com as outras pessoas. É assim que nos é apresentado por BP, para demonstrar que os nossos exploradores não são adultos em miniatura, mas sim seres em construção, e que a adolescência é um momento importante na formação da personalidade do futuro Homem.
Tal como o antigo explorador, os exploradores aprendem, num mundo fortemente marcado por desigualdades de toda a ordem (sociais, económicas, religiosas, raciais, políticas, etc...), a viver com os outros, a respeitar, a amar e a proteger a natureza, e a ver nela a obra do Criador.
O exemplo deste personagem, portador de valores profundamente actuais tais como a solidariedade, a criatividade e o respeito pela natureza, permite-nos promover uma educação orientada por valores universais, concretizados num modelo que se adapte às necessidades dos dias de hoje e que permita projectar, no futuro, a imagem do Homem.
É em ambiente de Aventura que os exploradores são colocados perante desafios que, graças a um esforço pessoal e comunitário, vão superando, adquirindo cada vez mais novas competências e novas experiências.
É com base neste imaginário de aventura e sentido de cooperação, que se vai desenvolver toda a actividade dos exploradores e moços, proporcionando novas vivências e novas acções, a descoberta de novos mundos e o desenvolvimento de capacidades para a auto-suficiência. A par dos exploradores, os Heróis do Povo de Deus inspiram a acção... sendo modelos de valores universais como:

· vivência em comunidade
· comunhão de bens
· unidade
· espiritualidade
· serviço
· humildade
· fraternidade
· desprendimento/a disponibilidade

Um explorador deve seguir boas pistas... e bons modelos são bons exemplos de escolhas, de caminhos, de formas de viver. De entre muitos exploradores e Heróis do Povo de Deus, escolhemos as figuras de Baden-Powell e dos primeiros cristãos, para ilustrar a ideia, não porque sejam as únicas, mas talvez por serem personagens que nos tocam profundamente. BP é um explorador por excelência e a sua destreza, bem materializada nas suas acções, na escola, na caça ao javali, na Índia ou ainda na sua fuga aos Matabeles na África do Sul, o seu conhecimento de Deus, da Bíblia, da natureza e dos Homens e a sua personalidade, é um precioso modelo.


Os Símbolos dos Exploradores, são áreas de identificação, que se concretizam em realidades que melhor simbolizam essa aproximação.


O lenço
A cor verde da Secção é visível no lenço, nas jarreteiras e ainda noutras peças do Uniforme que é o espelho da alma de quem está "Sempre Alerta". Foi a cor escolhida para "marcar" os Exploradores, e que pode significar:
  • A esperança: (... sinal e consequência do teu compromisso...) é uma das três virtudes "teologais" que leva os cristãos a aderir a Deus, como suma bondade, isto é, como princípio e fim supremo do homem e felicidade perfeita, confiantes na Sua Promessa e no Seu auxílio. A esperança impele-nos a lutar nesta vida, por cima de qualquer dificuldade, para chegar a Deus. É um desafio permanente de esperança.
  • A natureza: espaço ao ar livre, obra maravilhosa de Deus, para que os homens e animais ali vivam, se alimentem, desfrutem da sua beleza e silêncio. Escolhido pelo Fundador como lugar ideal para a prática do Escutismo. O verde das árvores, das plantas, da relva são o reflexo da sua beleza que nos encanta.
  • É um convite permanente a estar na natureza.
  • A bandeira: o Fundador hasteou-a na Ilha de Brownsea, em 1907 (nascimento do Escutismo). Era toda verde, tendo no centro uma flor de lis amarela. Podemos encontrar essa cor verde na actual Bandeira Nacional, assim como na da Associação. De igual modo, a cor verde foi a escolhida para a bandeira da Ala dos Namorados, inspirada pelo Condestável D. Nuno Alvares Pereira, na Batalha de Aljubarrota.
  • É o respeito permanente que estes símbolos merecem.
  • A esmeralda: é um mineral transparente, cuja cor é dada pelo crómio, o que a torna uma pedra preciosa de grande valor. É o valor precioso que se deseja para construir um mundo melhor, mais justo e mais humano. É um valor permanente que aponta a riqueza do espírito da Patrulha, que marca o rumo aos Exploradores.


Chapéu
O chapéu surgiu para a protecção da cabeça, ainda nos povos primitivos da pré-história, das intempéries climáticas (sol escaldante, frio, chuva), como prerrogativa masculina - sendo o homem o responsável pela defesa da tribo ou do clã, sendo depois estendido para a caracterização dos níveis sociais: os reis usavam coroas, os sacerdotes a mitra e os guerreiros o elmo

Vara
A vara do escuteiro está em desuso em grande parte das associações escutistas pelo muito fora, mas em Portugal tem ainda muitos adeptos. Por um lado, há a sua utilidade em actividades de campo, como, por exemplo, na montagem de abrigos, na aferição da profundidade de ribeiros, ou na construção de macas para transporte de feridos ou material. Por outro, a vara pode conter, em si, parte da história da vida escutista do seu proprietário, com registos dos passos e marcos mais importantes. Ainda, poderá ter gravadas algumas utilidades, como, por exemplo, uma régua graduada, código Morse e código homógrafo. No caso da vara de onde pende a bandeirola de patrulha, há toda uma história de vivências que pode ficar registada para sempre. Até a vara do caminheiro ou dirigente pode exibir algo da vida escutista do seu dono ou da simbologia que mais lhe toca no escutismo. Para os mais habilidosos, a ornamentação de uma vara pode ser uma actividade interessantíssima e uma forma de aperfeiçoar a sua habilidade manual. Aqui ficam algumas sugestões para a decoração da tua vara, mas queremos que a tua imaginação não tenha limites.

Cantil
É um recipiente de alumínio, plástico ou outro material resistente que pode conter de 800 ml à 1 litro de água ou outro líquido, sendo usado pelas forças armadas de todo o mundo, e útil nas longas viagens ou também para fazer passeios ou caminhadas ao ar livre

Estrela de cinco pontas
Sendo a Estrela do Oriente ou a Estrela Iniciação, é a que simbolizou o nascimento de JESUS: É o símbolo do Homem Perfeito, da Humanidade plena entre Pai e Filho; o homem em seus cinco aspectos: físico, emocional, mental, intuitivo e espiritual: Totalmente realizado e uno com o Grande Arquitecto do Universo: É o homem de braços abertos, mas sem virilidade, porque dominou as paixões e emoções: As Estrelas representam as lágrimas da beleza da Criação: Olhemos para cima, para o céu e encontraremos a nossa estrela guia: Na Maçonaria e nos seus Templos, a abóbada celeste está adornada de estrelas: A Estrela é o emblema do génio Flamejante que levam às grandes coisas com a sua influência: É o emblema da paz, do bom acolhimento e da amizade fraternal:

A Flor-de-lis
É o símbolo do movimento escuteiro, as três pétalas representando os três pilares da promessa escutita, dever para com Deus e Pátria, dever para com os outros, dever para consigo próprio e o apontar para o Norte em mapas e bússolas, mostra para onde o jovem deve ir, sempre para cima.

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